O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) que visita o Brasil nesta semana, Charles Collyns, disse, nesta quarta-feira, que o governo está fazendo um bom trabalho para redução da dívida pública brasileira e para melhoria do seu perfil. Ele destacou como fator positivo a redução da parcela da dívida corrigida conforme a variação do câmbio.

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Ao sair do Ministério da Fazenda, onde teve reuniões na Receita Federal do Brasil, Collyns reiterou os elogios feitos hoje à economia brasileira. "Nós estamos satisfeitos com o desenvolvimento do País. Estamos vendo uma continuidade no crescimento, inflação em queda e uma performance muito forte nas exportações. Acho que isto em grande parte reflete a continuidade da prudência nas políticas fiscal e monetária", afirmou.

Questionado se o Brasil já não poderia estar crescendo mais, Collyns disse que isto é um processo que tem que ser conduzido um passo após o outro. "Esperamos que o Brasil possa crescer a cada ano mais rápido que o outro, pois isso é importante para baixar os níveis de pobreza no País", afirmou.

A missão do Fundo está no Brasil para monitorar o andamento da economia. Embora o País não tenha mais um programa com o FMI desde março deste ano, essas avaliações continuam sendo feitas porque a dívida brasileira junto à instituição é maior do que a cota permitida.

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À tarde, a missão esteve com o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles. Os técnicos do FMI tiveram, no entanto, que driblar um grupo de grevistas do BC que se encontram em frente a porta de entrada do banco em Brasília. Em função disso, eles tiveram que uma entrada alternativa no edifício do BC.

Os funcionários do BC estão em greve há 16 dias. A paralisação tem impedido a atualização diária dos das reservas internacionais. O último dado disponível na página do banco na Internet é relativo ao nível das reservas do dia 29 de setembro. Neste dia, as reservas estavam em US$ 57,043 bilhões.

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