A nova missão do FMI, que passou o dia de hoje em São Paulo, vai apenas fazer a revisão do acordo e verificar as metas fiscais até setembro, todas cumpridas. A aprovação da revisão pela diretoria do Fundo dará direito ao governo brasileiro de sacar cerca de US$ 1,3 bilhão. Mas o Brasil deve manter a postura adotada ao longo deste ano e não sacar o dinheiro.
Segundo um integrante da equipe do ministro Palocci, o FMI vem perdendo importância na pauta da agenda econômica do País. “O FMI não é uma pauta mais relevante”, disse a fonte. O interesse maior do governo brasileiro agora é conseguir avanços importantes na mudança de cálculo do superávit primário das contas públicas para investimentos em infra-estrutura com retorno econômico.
Para isso, já está prevista a vinda entre final de novembro e início de dezembro de uma outra missão do FMI, chefiada pela diretora do departamento fiscal, Teresa Ter-Minassian. Será a segunda missão com essa finalidade e a expectativa do governo é de fechar as linhas gerais do projeto-piloto que está sendo desenhado com o FMI para que as mudanças possam ser implementadas em 2005. Mesmo já sem um acordo no próximo ano, o Brasil precisará do aval do FMI para que as suas contas públicas não percam a credibilidade.
A missão revisora do FMI fica em Brasília até o 10 de novembro e depois segue para o Rio de Janeiro, onde ficará mais um dia. O ministro Palocci só deverá receber a missão no início da próxima semana. Amanhã, os técnicos terão reuniões no Banco Central.
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