O Brasil recebeu 4,6 milhões de turistas em 2004, mais da metade na faixa etária de 28 a 45 anos, 72% com curso superior. Permaneceram em média 13,5 dias no País, gastando R$ 230 por dia. Para uma quantidade tão grande de turistas de nível universitário, portanto com bom nível de renda, os gastos médios não chegam a chamar a atenção, a não ser pelo fato da proverbial economia dos estrangeiros.
Segundo a Embratur, a vinda de turistas no ano passado superou em 12,5% o contingente de 2003, mas ficou longe do recorde de 2000 (5,3 milhões) e 2001 (4,77 milhões), ano do atentado contra o World Trade Center, em Nova York, que acabou desviando a corrente turística norte-americana para países da América do Sul.
A desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar e ao euro, fazendo com que nossos preços fiquem bastante atraentes para europeus e norte-americanos, contribuiu de maneira decisiva para o crescimento do fluxo turístico. Rio (37%), São Paulo (18,5%), Salvador (16%), Fortaleza (8,5%) e Recife (7,5%), foram as cidades mais visitadas por estrangeiros em busca de lazer (54%), negócios (26%) ou visitas a parentes e amigos (17%).
Do levantamento anunciado pela Embratur não constam os números referentes a Curitiba e, em especial, Foz do Iguaçu, um dos pólos turísticos nacionais que mais atraem viajantes estrangeiros. Como a própria Embratur adiantou que o levantamento está incompleto, aguardamos para breve o informe sobre o movimento de turistas estrangeiros na capital e na região da tríplice fronteira.
De qualquer forma, esses números ajudam a conservar a euforia moderada mas constante de parte do trade, que aos poucos vai recuperando seu melhor desempenho. Grosso modo, os visitantes estrangeiros gastaram algo am torno de R$ 1,5 bilhão, valor financeiro apreciável para um segmento suscetível a variados tipos de instabilidades.
Em tempo: as maiores queixas dos turistas internacionais continuam sendo limpeza pública, sinalização e segurança.