O fluxo cambial para o Brasil de junho ficou negativo em US$ 2 676 bilhões, o primeiro desempenho negativo desde setembro de 2005 e o maior volume desde janeiro de 1999. Esse balanço é composto pelas entradas e saídas de divisas do país, tanto no segmento financeiro (operações bancárias) quanto comercial (exportações e importações).
Segundo informações do Banco Central, o fluxo financeiro de junho ficou no vermelho e alcançou US$ 6,251 bilhões. Pelo lado comercial, o resultado foi positivo em US$ 3,575 bilhões. Com os dados de junho, o resultado cambial do primeiro semestre foi de um saldo positivo de US$ 23,130 bilhões.
O BC informou também que a posição comprada do sistema financeiro no mercado de câmbio caiu para US$ 4,390 bilhões no final de junho. A queda da posição comprada em câmbio dos bancos (total de compromissos assumidos em dólar) ocorreu, na avaliação do BC, porque os bancos foram obrigados a suprir a demanda por moeda estrangeira do mercado durante o mês de junho, quando houve aumento da volatilidade do preço da moeda e o BC não promoveu leilões de compra de moeda estrangeira.
A saída de recursos externos pelo segmento financeiro em junho, de US$ 22,940 bilhões, foi o maior da série histórica, iniciada em janeiro de 1982, e disponibilizada na página do Banco Central na internet. Pelos dados da série, o segundo maior volume de saídas financeiras havia ficado em US$ 20,445 bilhões, em dezembro do ano passado.