A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou a nota de probabilidade de inadimplência em moeda estrangeira e em escala nacional de longo prazo de diversas companhias brasileiras. A decisão segue-se à melhora da dívida do Brasil, anunciada ontem pela agência. Isso significa que diminuiu, por algum motivo, a probabilidade dessas empresas honrarem suas dívidas.
Segundo o diretor-executivo da Fitch Brasil, Rafael Guedes, "as empresas brasileiras souberam aproveitar a forte liquidez global para alongar os vencimentos, diminuir os custos dos financiamentos, aumentar o patrimônio, que, conjuntamente, fortaleceu o balanço de muitas companhias", afirmou.
Ele também acrescentou que contribuiu para esta melhora de classificação das empresas o recuo nas taxas de juros reais e nominais no País. "Adicionalmente, a queda das taxas de juros reais e nominais no Brasil favorece a recuperação da economia brasileira, o que deve beneficiar várias empresas do setor privado", disse.
De acordo com Guedes, "o aprimoramento nas indústrias reguladas e o alto preço das commodities também ajudaram a reforçar os fundamentos do crédito corporativo", acrescentou.