O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes, determinou que fiscais agropecuários federais reforcem a fiscalização na área de fronteira com a Bolívia, onde foram detectados focos de aftosa recentemente. Num prazo de 10 a 15 dias, o Mapa enviará pelo menos 30 fiscais para o Mato Grosso, informou o diretor substituto do Departamento de Saúde Animal, Guilherme Marques. Os estados do Mato Grosso do Sul, Acre e Rondônia, também vizinhos do território boliviano, igualmente receberão apoio do governo federal para reforçar as ações de prevenção à doença na região.
Os fiscais federais agropecuários, adiantou Marques, vão atuar nas 10 barreiras fixas e quatro móveis existentes na fronteira seca do MT com a Bolívia. ?Além disso, eles participarão da fiscalização nas 151 propriedades rurais localizadas na divisa do Mato Grosso com o território boliviano.? O apoio do Mapa aos serviços estaduais de defesa sanitária faz parte do plano emergencial para reforçar a vigilância no MT, MS, AC, RO. ?Mas os fiscais desses estados já estão trabalhando na área?, assinalou o diretor substituto do Departamento de Saúde Animal.
A fronteira dos quatro estados com a Bolívia tem 3 mil e 166 quilômetros. No entanto, esclareceu Marques, a fronteira seca no MT é de 780 quilômetros. É nessa área que está sendo concentrada a vigilância devido ao trânsito ser mais intenso. Nos rios do MS, AC e RO, há barreiras fluviais. Segundo cálculos da Secretaria de Defesa Sanitária, o plano emergencial de prevenção à aftosa na região terá um custo de R$ 20 milhões.
Esta semana o Mato Grosso começou a primeira etapa da vacinação anual contra a doença, prevista no calendário do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa. De acordo com o governo estadual, 5,6 milhões de cabeças de bovino, de zero a 12 meses, serão imunizados nesta etapa. O MT tem um rebanho de 27 milhões de cabeças de gado. A segunda fase da campanha será realizada em maio e a terceira, em novembro.