Toda soja paraguaia que está entrando no Paraná através das divisas com Foz do Iguaçu, Santa Helena e Guaíra, para consumo interno, está sendo monitorada pelos fiscais da Delegacia Federal do Ministério da Agricultura no Paraná. A operação, que começou ontem à noite, deverá indicar um mapeamento do volume de soja geneticamente modificada que chega do país vizinho. Estima-se que o volume de caminhões seja entre 50 ou 60 por dia, com tendência a diminuir.
“A coleta de amostras servirá para fazer um levantamento real da soja paraguaia”, explicou o delegado federal do Ministério da Agricultura, Valmir Kowaleski. Segundo ele, a idéia é que o mapeamento esteja pronto em duas semanas. O relatório será enviado a Brasília.
O monitoramento vale apenas para a soja importada pelo Brasil. Aquela que segue para o Corredor de Exportação (Porto de Paranaguá) está isenta de fiscalização. “Já há acordos comerciais com o Brasil para que o Paraguai utilize o corredor livre, e enquanto não estiver resolvida a questão diplomática, não há o que fazer”, afirmou.
Fiscais do Ministério da Agricultura vão percorrer vários municípios do interior, para fiscalizar a procedência das sementes. “Não pode haver comercialização de semente transgênica. A semente tem que ser da safra anterior”, salientou. As penalidades incluem multa de mais de R$ 16 mil e perda de vários direitos, entre eles o financiamento. O prazo para assinar o termo de compromisso vence no dia 9 de dezembro.