A greve dos servidores que fazem a fiscalização agropecuária continua, até o governo federal apresentar uma proposta concreta para a categoria. A informação foi dada pelo presidente da Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa), Luiz Fernando Santos Carvalho.
Segundo ele, o que está sendo prejudicado com a greve já era previsto. "O governo foi informado da greve, pela categoria dos fiscais agropecuários quatro vezes consecutivas e 15 dias antes da paralisação, disse ele".
Carvalho afirmou que os motivos que levaram os fiscais agropecuários a entrar em greve foram a desvalorização da categoria em relação às outras categorias, que reivindicaram mais do governo e foram atendidas. "Achamos que somos peças importantes no agronegócio e devemos ser valorizados", afirmou.
De acordo com cálculos da associação, com a falta de certificação das mercadorias destinadas aos mercados externos, o agronegócio tem tido prejuízo semanal de US$ 700 milhões. A greve começou dia 7 deste mês.
As principais reivindicações da categoria são o desbloqueio de verbas para o Ministério da Agricultura em 2005 e 2006; concurso público para o cargo de fiscal agropecuário federal; criação de uma escola superior para treinamento dos fiscais e readequação do salário da carreira. A categoria tem 13 níveis e a remuneração varia de R$ 2.800 a R$ 4.021. Os fiscais também querem que o piso seja elevado para R$ 4.140 e a remuneração do último nível passe para R$ 5.900.