Firme e forte

A Anac terá novo presidente quando os demais diretores assumirem seus cargos, conferindo ao colegiado o quorum mínimo para decisões. A nebulosa afirmação foi fornecida pelo ministro Nelson Jobim, da Defesa, encarregado pelo presidente da República de eliminar os inúmeros contratempos que a instituição acabou protagonizando ao longo da crise aérea. Jobim não esperava um céu tão pesado de nuvens.

Os novos diretores da Anac serão o brigadeiro Allemander Pereira Filho, o economista Marcelo Guaranys e o engenheiro aeronáutico Cláudio Jorge Alves, dos quais somente o primeiro chegou a ser sabatinado pela Comissão de Infra-Estrutura do Senado.

Mesmo tendo o nome revelado à mídia como provável sucessora do presidente Milton Zuanazzi, a assessora especial de Jobim, Solange Paiva Vieira, ainda não teve sua indicação referendada pelo Planalto. O caso se complicou com a insistência de Zuanazzi em permanecer no cargo, alegando que seu mandato vai até 2011 e nada fez de errado para ser constrangido a renunciar.

Jobim tentou de todas as maneiras afastar o presidente da Anac, ao que se proclama, um dos protegidos de Dilma Rousseff e Walfrido Mares Guia, que, a julgar pelo prestígio de seus padrinhos, prossegue firme e forte no cargo.

O sapo continua entalado na garganta do bem falante ministro rio-grandense, que agora tem a bufar nos calcanhares como conselheiro em assuntos de defesa um novo zumbi planaltino, Mangabeira Unger.

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