O coordenador do IPC-Fipe, Paulo Picchetti, elevou há pouco sua projeção para o índice de janeiro de 0,62% para 0,66%. Em dezembro do ano passado, no entanto, sua estimativa para o primeiro mês de 2005 era de 0,60%. Se for confirmada esta estimativa, o IPC-Fipe ficará muito próximo da variação de dezembro (0,67%).
"Apesar das variações serem muito parecidas, a inflação destes dois meses apresenta histórias totalmente diferentes", explicou Picchetti, referindo-se à pressão mais forte de itens como telefone, gasolina e cigarro, em dezembro, e de grupos como educação, transporte, alimentação, além do item viagens, em janeiro.
Picchetti estima que a alta de preços do grupo educação, em janeiro, contribuirá com 0,19 ponto porcentual do IPC-Fipe. De acordo com ele, a partir de fevereiro, este impacto começa a sair do índice, até chegar a zero no final do mês.
Para o ano, o coordenador manteve sua projeção de inflação na capital paulista de 5% a 5,5%. "Apesar de os números de dezembro e janeiro serem muito altos, não revisarei a meta para o ano. Porque, por trás destas elevações de preços, existe um movimento localizado", explicou.
Ele fez esta afirmação, apesar de o índice de difusão ter passado de 65% para 68% dos 525 itens cujos preços são coletados pela Fipe. Este índice é o maior desde a segunda quadrissemana de novembro (69%).