A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deve ganhar um Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde até o final de 2007. Com construção prevista para o início do ano que vem, a unidade tem o objetivo de facilitar a integração dos projetos de pesquisa da instituição com a produção de materiais de saúde e medicamentos.
Segundo o coordenador do projeto, Eduardo Costa, os resultados de algumas pesquisas da Fundação não são transformados em produtos por falta de articulação entre pesquisadores e as indústrias farmacêuticas. A proposta do centro é ser a ponte entre os dois setores, gerenciando etapas como o registro e a busca por parceiros que queiram fabricar e distribuir, por exemplo, os remédios desenvolvidos pelos pesquisadores da Fiocruz.
Ele explicou que o centro terá três prioridades, no apoio às pesquisas: o desenvolvimento de produtos e medicamentos para doenças negligenciadas pelas grandes indústrias farmacêuticas, o aperfeiçoamento dos produtos para reduzir os riscos de efeitos colaterais, a redução de custos na produção de insumos.
"O centro quer investir numa área de inovação tecnológica e fazer essa ponte entre a pesquisa e a inovação, para que a pesquisa se reverta em benefício da população e não fique simplesmente no papel por muitos anos, antes de qualquer aproveitamento", disse Costa.
Segundo ele, mesmo antes de ter um espaço físico próprio, o Centro de Desenvolvimento Tecnológico já está realizando algumas atividades. O coordenador do projeto explicou que várias pesquisas estão sendo assessoradas por sua equipe, entre elas as de desenvolvimento de medicamentos a partir de plantas brasileiras.