Os financiamentos com recursos da poupança fecharam o bimestre com alta de 67%. Entre janeiro e fevereiro deste ano já foi emprestado R$ 1,59 bilhão, frente aos R$ 954 milhões desembolsados no mesmo período de 2006. Apenas a Caixa Econômica Federal é responsável por R$ 602 milhões – 37,8% do mercado. O volume é 77,8% maior que os R$ 338,6 milhões do mesmo período do ano passado.

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Em número de unidades, os 18.676 contratos resultaram em uma evolução de 53,4% no bimestre, em relação às 12.174 unidades financiadas entre janeiro e fevereiro de 2006 por todos os bancos que operam no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Na CAIXA, principal agente de políticas públicas do Governo Federal, o volume movimentado nos dois primeiros meses de 2007 foi suficiente para atender 8.964 famílias – 60,3% mais que as 5.411 do mesmo período de 2006.

O número de beneficiados via CAIXA é maior ainda quando acrescidos os financiamentos feitos nos 15 primeiros dias de março, elevando o total para 12.406 famílias atendidas (R$ 838,3 milhões). O número de novos negócios já é 77,5% maior que os 6.986 (R$ 440,2 milhões) contratos feitos entre janeiro e 15 de março de 2006 com recursos da poupança.

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Para Jorge Hereda, vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Governo da CAIXA, são vários os fatores que impulsionaram a alta no mercado imobiliário como um todo e principalmente no âmbito do SBPE. "O cenário econômico favorável, o estímulo ao crédito e o recente anúncio de investimentos expressivos em desenvolvimento urbano dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) influenciaram muito", disse. "Mas acredito que o mais importante foi que os bancos viram que o financiamento imobiliário é um produto interessante hoje", acrescenta.

Segundo o executivo, na CAIXA, outro indutor dos bons resultados apresentados nos últimos quatro anos foi o investimento em material humano. "Ampliamos o número de gerentes regionais de mercado, oferecemos treinamento, tudo para estarmos mais próximos ainda dos mutuários", afirma Hereda.

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ORÇAMENTO

Neste ano, a Caixa Econômica Federal tem disponíveis R$ 17,4 bilhões para habitação, dos quais R$ 4 bilhões são provenientes da poupança. O volume total é suficiente para atender cerca de 800 mil famílias, das quais 60 mil com cartas de crédito SBPE.

De acordo com a Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) a expectativa é fechar o ano com R$ 12 bilhões em novos negócios – incluindo o orçamento da CAIXA.

No ano passado os recursos da poupança financiaram R$ 9,3 bilhões, dos quais R$ 3,3 bilhões, foram contratados pela CAIXA.

CAPTAÇÃO 

Em fevereiro, a captação líquida (depósitos menos retiradas) das cadernetas de poupança atingiu R$ 884 milhões. Considerando as perdas líquidas de janeiro, o primeiro bimestre registrou saldo líquido positivo de R$ 281 milhões. No mesmo período do ano passado, as retiradas superaram os depósitos em mais de R$ 1,6 bilhão.

Com 32% de participação no mercado de poupança, a CAIXA encerrou este primeiro bimestre com captação líquida de mais de R$ 348,5 milhões. Os números fazem frente aos R$ 149,6 milhões negativos registrados em igual período de 2006.