Rio – As operações indiretas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atingiram em 2005 R$ 15,7 bilhões, um aumento de 6% ante o registrado nesse tipo de operação no ano passado. A informação é do diretor da área de Inclusão Social e de Operações Indiretas do banco, Maurício Borges Lemos. As operações indiretas de financiamento são recursos do banco normalmente repassados por agentes financiadores.
De acordo com Lemos, o montante de operações indiretas representa 34% do total de desembolsos do banco em 2005. O executivo comentou que as linhas de crédito Finame, BNDES Automático e Cartão BNDES utilizam operações indiretas para repassar recursos. Para 2006, a previsão do banco é de que as operações indiretas do BNDES atinjam de R$ 18 bilhões a R$ 20 bilhões.
O diretor avaliou que, embora o volume total de operações indiretas tenha apresentado crescimento em 2005, o resultado desse tipo de operação poderia ter sido melhor, não fosse o desempenho fraco da agropecuária este ano. Ele negou que o setor agrícola tenha sido o "vilão" dos desembolsos do banco este ano. "O setor agropecuário nunca é vilão; na verdade o setor foi uma vítima este ano", disse. O diretor lembrou que a área lidou com vários problemas em 2005, como a queda nos preços internacionais nas commodities agrícolas; valorização cambial derrubando rentabilidade das exportações; e seca no Rio Grande do Sul.
Ao detalhar o resultado das operações indiretas por setores, Lemos informou que o setor agropecuário registrou queda de 41% nas operações indiretas este ano, ante 2004. Porém, houve crescimentos nesse tipo de operação, na mesma comparação, em outros setores importantes como indústria extrativa ( 62%); indústria da transformação (44%) e comércio e serviços (43%).
