As financeiras deverão repassar o corte de 0,5 ponto porcentual na taxa básica de juros já nos próximos dias, prevê o presidente da Acrefi, entidade que reúne as financeiras, Érico Sodré Quirino Ferreira. Ele pondera que a redução será inexpressiva do ponto de vista econômico, mas pode ter um impacto psicológico positivo na confiança do consumidor, especialmente com a proximidade das festas de fim de ano.
Ferreira diz que esperava um corte maior na taxa básica de juros , mas argumenta que o BC agiu dentro da lógica. Na sua opinião, por causa da atual conjuntura política, ele acreditava que o BC poderia ser mais ousado para ajudar o governo. "Isso demonstra que existe independência do BC, que é um bom sinal."
Para o vice-presidente da Federação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi), José Arthur Assunção, o Copom reiterou a força do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, ao manter a política gradativa de queda nos juros.
Segundo Assunção, apesar de já existir um clima apropriado para uma queda maior dos juros, esse seria o momento menos indicado. "A sociedade tem receio de uma possível queda do ministro da Fazenda e o abandono da política econômica", afirma o vice-presidente da Fenacrefi.