Brasília – A Conferência Regional das Américas terminou nesta sexta-feira (28), mas a luta para que a igualdade entre as minorias seja realidade no Brasil e no mundo continua nos próximos meses, afirmou a ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. O documento final do encontro, acrescentou, "é uma orientação, uma espécie de agenda do governo".
A ministra lembrou que o relatório resgata os compromissos firmados na última conferência mundial, realizada em Durban, na África do Sul, em 2001. "E propõe a concretização do processo de inclusão de grupos raciais", acrescentou.
Dividido em três partes, o documento lista uma série de medidas que deverão servir como incentivo ao desenvolvimento de políticas públicas relacionadas efetivamente às chamadas minorias ? negros, indígenas, mulheres, ciganos e homossexuais.
O presidente da Associação Brasileira dos Cineastas (Abraci), Joel Zito Araújo, que participou dos debates, destacou que o ser humano desenvolvido convive com a diversidade. E também disse que as ações começarão agora. ?Depois do encontro, a responsabilidade passa a ser do governo, para que as políticas sejam implementadas de fato, mas a participação da sociedade civil nesse processo é fundamental?, disse. Ele apontou ainda o papel dos meios de comunicação na divulgação dessas políticas: ?A mídia deve promover o diálogo dessas questões e, assim, criam-se mudanças graduais na cultura?.
A Conferência Regional das Américas reuniu representantes de 35 países do continente, de entidades da sociedade civil e das principais minorias.
