Filho de vítima de chacina aponta PM como culpado

No segundo dia de julgamento do soldado da Polícia Militar Carlos Jorge Carvalho, mais uma testemunha de acusação o reconheceu como um dos assassinos das vítimas da chacina de Queimados e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em março de 2005.

P.R., filho de C. F. R., assassinado no episódio, afirmou em depoimento no Tribunal de Júri de Nova Iguaçu, onde o militar é julgado, que viu o PM com uma arma na mão saindo do bar de seu pai logo após o crime.

O rapaz contou que já tinha identificado o soldado por fotos de jornais. Antes, outra testemunha de acusação, D., que estava com um amigo que morreu na chacina, já havia dito no julgamento que vira Carvalho em outro local do crime.

Outra testemunha de acusação, C.H.S., único sobrevivente da chacina, também depôs e reconheceu o PM. "Foi Carlos Carvalho", disse, apontando Carvalho como o homem que atirou em sua perna. C.H.S, de 45 anos, ficou traumatizado depois do crime e perdeu a memória. Recuperado, decidiu falar pela primeira vez no processo. O julgamento deve terminar amanhã.

O soldado é acusado de 29 homicídios duplamente qualificados: cometidos por motivo fútil (demonstração de força na Baixada Fluminense) e com recursos que impossibilitaram a defesa das vítimas. Além disso, pesam sobre ele acusações de tentativa de homicídio e formação de quadrilha. Ele já tinha sido condenado a 7 anos e oito meses de prisão, no início deste mês, em outro processo, por receptação de carros roubados.

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