Desrespeito

Filas e confusão em posto da Previdência em Curitiba

Segurados da agência Cândido Lopes da Previdência Social, em Curitiba, enfrentaram fila e discussões na manhã de ontem para serem atendidos. De acordo com usuários, não havia médicos suficientes para dar conta de todos que precisavam do serviço.

Além disso, várias pessoas que tinham marcado perícias para o início da manhã ainda não haviam sido atendidos por volta do meio-dia. Ontem, sete médicos foram responsáveis por 140 atendimentos.

“Minha perícia estava marcada para as 11h. Cheguei e já me deram uma senha. Tive que esperar até as 13h30 para ser atendido. Tivemos que ficar em pé, sem água e sem assistência nenhuma por parte da Previdência. Quando perguntávamos para os atendentes o que estava acontecendo, eles falavam que essa era uma característica dos órgãos públicos no Brasil, ou seja, demora e falta de respeito com a população”, afirma André Luiz Pereira Macari, promotor de vendas afastado do trabalho por conta de problemas de saúde. De acordo com o segurado, cerca de 300 pessoas aguardavam atendimento ontem.

Já o usuário Samuel Trindade, que trabalha no setor de logística de uma empresa que vende material de construção, enfrentou outro problema. De acordo com ele, houve desrespeito por parte dos médicos da Previdência.

“Quando cheguei no atendimento, o médico me mandou sentar na maca. Mas, como estou com muita dor nas costas, por causa do peso que carrego no trabalho, pedi para fazer o exame em pé. O médico não gostou do que eu falei e resolveu cancelar o meu atendimento e daqueles que estavam depois de mim na fila”, relata o trabalhador. “Me sinto lesado por isso. Quase nunca precisamos desse serviço. Agora, quando chega nossa hora de receber atendimento, recebemos esse tratamento”, reclama o usuário, que teve a perícia remarcada para hoje.

Por meio da assessoria de imprensa, a Previdência Social informou que, no caso de Samuel Trindade, houve negligência do usuário. Segundo a assessoria, o segurado já teria entrado na sala de atendimento agressivo e ameaçando o médico.

Por conta disso, os seguranças foram chamados e foi suspenso o atendimento. Já com relação ao atraso do restante dos atendimentos, a assessoria informou que não teria condições de explicar a demora por conta da troca de cargos na gerência executiva. Ontem, o tempo médio de atendimento (entre chegada e saída do local) foi de uma 1h15, considerado normal pela agência.

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