A greve dos operadores, agenciadores marítimos e funcionários do porto de Paranaguá entra hoje no quarto dia. Nesse período, o porto deixou de embarcar 75 mil toneladas de soja.

Segundo o procurador-geral do estado, Sérgio Botto de Lacerda, já foram ouvidos alguns participantes do movimento para apurar as responsabilidades. O governo do Paraná abriu inquérito para responsabilizar criminalmente os organizadores desse movimento, que devem ser indiciados nos artigos 201 (crime contra a organização do trabalho) e 286 (conduta de incitação à prática de crime).

No porto não há desembarque de soja nos silos e nem embarque nos navios. Há 46 deles esperando em alto mar, 14 só para carregamento de soja. Apesar do acordo feito na semana passada, numa reunião entre administração do porto e operadoras, de priorizar o embarque de soja, o impasse continua. A administração do porto quer controlar os embarques, as operadoras querem autonomia e, por isso, suspenderam as atividades.

Para evitar tumultos na cidade, onde está previsto fechamento do comércio hoje, foi enviado reforço à tropa de choque da Polícia Militar de Paranaguá. A Polícia intensificou também a fiscalização na BR-277, onde cerca de 6 mil caminhoneiros enfrentam uma fila que vai do litoral à area urbana de Curitiba, numa extensão, segundo a Polícia Rodoviária Federal, de 70 quilômetros.

No final de semana, a Defesa Civil distribuiu alimentos para os caminhoneiros e banheiros públicos foram instalados na estrada.
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