Enquanto grupos de brasileiros se envolviam em tumultos na busca de ingressos para a final de domingo, entre Brasil e Alemanha, no Estádio Internacional de Yokohama (às 8h do Brasil), com preços chegando a US$ 4.800, a Fifa anunciava a venda por internet (fifatickets.com) dos últimos 500 bilhetes que restavam, do total de 70.564. E ainda botava os encarregados do protocolo na tarefa de acomodar as personalidades que chegam para o espetáculo.
Ainda é um incógnita, por exemplo, se os convidados estrangeiros também teriam de ficar mais baixos que o Imperador Akihito – e também se será ele que entregará a taça à seleção campeã (o que normalmente não aconteceria – o trabalho “mundano” sempre fica a cargo de outras pessoas da Corte, ainda mais que a cerimônia desta vez deverá ser no gramado e não nas tribunas). Possivelmente a entrega deverá mesmo ser feita pelo próprio Joseph Blatter, presidente da Fifa.
Pela tradição, ninguém poderia olhar diretamente em seus olhos nem ter a cabeça acima do monarca em eventos públicos. De toda forma, um esquema fortíssimo de segurança será armado em torno do Imperador Akihito e da Imperatriz Michiko.
São esperados Johannes Rau, presidente da Alemanha; o chanceler alemão Gerhard Schroeder, o presidente sul-coreano Kim Dae-jung, da Coréia do Sul – outro grande problema para o protocolo, pois trata-se do dignatário do país co-organizador do Mundial -; o Rei Abdullah, da Jordânia, e o Príncipe Jefri Bolkiah, do Brunei. Além, claro, de grandes ex-jogadores, de Pelé a Maradona. O Brasil será representado pelo embaixador Ivan Cannabrava. Somente para proteção das autoridades de ataques terroristas, a polícia japonesa mobilizará 7.400 agentes.
Vários helicópteros estarão vigiando e o tráfego será interrompido em ruas próximas ao estádio de Yokohama duas horas antes e duas depois do fim da partida.
De acordo com os seviços meteorológicos do Japão, a final desta Copa do Mundo será disputada pelo menos com céu nublado, possivelmente com chuva
