O Corinthians terá mesmo de pagar os 8 milhões que deve por Nilmar. Cartolas envolvidos no caso revelaram ao Estado que a arbitragem da Fifa sobre a disputa entre Lyon e Corinthians pelo jogador definiu que a dívida precisa ser quitada, seja qual for o resultado do julgamento sobre quem teria a posse do atacante.

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A decisão deve ser divulgada até o início da semana. Os advogados do Corinthians já montam uma estratégia para desvalorizar o negócio, recorrer da decisão e então tentar negociar com o Lyon para pagar só parte da dívida.

Ontem, o presidente do Lyon, Jean-Michel Aulas, afirmou que o clube está mais interessado no dinheiro do que no jogador. ?Nossos contatos no Brasil nos dizem que a Fifa decidiu obrigar o Corinthians a nos pagar, como previsto, e tomar medidas para que isso ocorra. Será uma grande novidade, pois nos dará um pouco mais de dinheiro para efetuar as operações de transferência?, afirmou, insinuando que usará o dinheiro para outras contratações.

Quando a MSI levou Nilmar para o Corinthians, só pagou 2 milhões ao time francês – o restante seria acertado se o atacante ficasse no clube. Como o jogador não voltou para a França, o Lyon recorreu à Fifa para receber o dinheiro.

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A decisão da Fifa de ordenar o pagamento seria apenas parte do julgamento. Falta definir a quem pertence o jogador, a forma de pagamento da dívida e a quem o dinheiro deve ser pago, ao Lyon ou a Nilmar.

Enquanto a decisão não sai, os advogados brasileiros já trabalham na apelação. Uma estratégias seria contestar o fato de que a decisão foi tomada por um só árbitro. Assim, o caso se arrastaria por cerca de um ano na Corte Arbitral do Esporte, em Lausanne.

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Enquanto isso, o negócio se desvalorizaria e, pelos cálculos dos corintianos, o Lyon pediria para fechar um acordo por valor menor. Dessa forma, o Corinthians acabaria pagando menos por Nilmar.

Os problemas não param por aí. Parte do dinheiro pago pela MSI ao Lyon não teria sido sequer depositado na França, diante de problemas fiscais que o clube tem no país. Outra questão, portanto, é saber onde o restante dos recursos devem ser depositados.