A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou nota há pouco na qual explica o porquê do pedido de adiamento da reunião agendada para esta sexta-feira entre o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e o presidente da entidade, Paulo Skaf. Segundo a nota, "dada a gravidade dos últimos acontecimentos em São Paulo, a Fiesp deliberou, conjuntamente com outras entidades, reunir-se com representantes da sociedade civil para tratar do tema." Isso significa que o tema será debatido previamente entre representantes do setor privado e entidades da sociedade civil. Depois, uma nova reunião com o ministro da Justiça será agendada. A informação foi confirmada pelo Ministério.
A pauta do encontro de hoje, segundo a Fiesp, seria "as recentes operações da Polícia Federal envolvendo pirotécnicas prisões de cidadãos antes da formação da culpa e em procedimentos secretos". Ontem, a Fiesp convocou mais de 20 entidades para participar de uma reunião em defesa do "Estado Democrático de Direito), na segunda-feira, na sede da entidade.
"Achamos mais conveniente solicitar o cancelamento da audiência marcada com Sua Excelência, preferindo realizar previamente o debate da questão com as entidades convidadas", diz o comunicado. A expectativa da entidade é de que saiam do encontro "conclusões e propostas na defesa das liberdades civis e do Estado Democrático de Direito."
Foram convidados para a reunião de segunda-feira a Ordem dos Advogados do Brasil-SP, Associação Brasileira de Imprensa, Federação do Comércio-SP, Associação Paulista do Ministério Público, Associação Comercial-SP, Federação da Agricultura-SP, Associação Paulista de Magistrados, as centrais de trabalhadores os conselhos regionais de profissionais liberais, associações de classe, incluindo movimentos estudantil.