A recuperação da indústria paulista deve continuar firme no segundo semestre e o ano terminará com um aumento de produção da ordem de 5%, disse hoje (30) o diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Claudio Vaz. No início do ano, a projeção da entidade era de aumento de 4,5% – um ponto porcentual acima da alta estimada para o Produto Interno Bruto (PIB). “As perspectivas são muito melhores hoje do que em 2001 e 2002”, afirmou Vaz. Ele acredita que o próprio PIB vai superar a previsão de 3,5% no ano.
Os resultados de maio do Levantamento de Conjuntura mostram, segundo Vaz, que a recuperação é sólida, ainda que vinculada às exportações. No mês passado, as vendas reais da indústria cresceram 4,9% sobre abril e 25,7% sobre maio de 2003. Já as exportações aumentaram 14,8% em relação a abril e 39,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
“As exportações continuam a surpreender de forma positiva, mas a reação do mercado interno ainda é desigual”, explicou. De acordo com o empresário, puxaram o crescimento das vendas setores exportadores como mecânica (27,6% sobre maio de 2003), metalurgia (21% ) e material elétrico e eletrônico (26 6%).
Os setores mais ligados ao mercado interno também tiveram crescimento, porém em porcentuais menores. Alimentos, por exemplo, cresceram 10% na mesma base de comparação; têxteis, 9,1%. Mas, também nesses dois casos, houve estímulo das vendas externas. O nível médio de utilização da capacidade instalada estava em 83,8%, acima dos 81,3% verificados em abril.
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