O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Horácio Lafer Piva, considera “simplista” e “reducionista” a decisão do governo de elevar de 20% para 20,6% a contribuição das empresas para a Previdência Social par a pagar o custo de R$ 2,3 bilhões por ano com a correção dos benefícios dos aposentados. “Tenho absoluta certeza que o Congresso vai discutir essa questão, porque percebo inquietação e incomodo de membros do Parlamento”, disse, numa provável referência a declarações do presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), contrárias a solução encontrada pelo governo Lula.
A desoneração da folha de pagamentos, segundo Piva, não pode ser colocada como compensação para o aumento da contribuição. “Não fiz as contas na ponta do lápis, mas todos com quem conversei nos últimos dois dias dizem que uma não compensa a outra”, afirmou. O presidente da Fiesp ponderou ainda que há informações nos jornais de hoje (20) de que o aumento da arrecadação com uma alíquota mais alta de INSS não vai gerar recursos suficientes para os pagamentos devidos aos aposentados.
Sobre outras compensações prometidas pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, o presidente da Fiesp mostrou-se cético: “É difícil compensar aumento da carga tributária como tivemos nos últimos meses e nos últimos anos neste País. Haja compensação”. De acordo com ele,o caminho mais curto seria a aprovação de uma reforma tributária que reduzisse a carga tributária da indústria. Para Piva, o aumento da carga tributária, com a transferência de recursos privados para o Estado, é “uma coisa muito perigosa”, porque “não gerou imposto em excesso, e de péssima qualidade”.
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