O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, encaminhou nesta segunda-feira (24) uma carta ao Governo de São Paulo solicitando o fim das barreiras que impôs para o trânsito de produtos bovinos, avícolas e suínos oriundos das indústrias paranaense em face das suspeitas de ocorrência de casos de febre aftosa em quatro municípios do Paraná.
?No entender da Federação das Indústrias do Paraná, as normas adotadas pelo governo paulista são excessivamente restritivas, uma vez que todas as medidas sanitárias estão sendo tomadas para que não haja risco de disseminação dos supostos casos de febre aftosa. Ademais, os atos administrativos abrangem produtos insuscetíveis ao risco de contágio?, informa o documento encaminhado aos secretários paulistas da Agricultura, Antonio Duarte Nogueira Junior, e da Economia e Planejamento, Martus Tavares.
Na mensagem, o presidente da Fiep informa que o controle das áreas com risco de abrigar animais com aftosa está sendo executado com todo o rigor pelas autoridades públicas paranaenses. ?Por isso, consideramos inadequada as barreiras impostas a produtos e sub-produtos da indústria frigorífica do Paraná?, informa Rocha Loures. Segundo ele, não se justifica impor barreiras para ?produtos que tenham sido submetidos a tratamentos químicos ou térmicos que inativem o vírus da aftosa, situação que ocorre com o leite, produtos lácteos industrializados e carne bovina desossada e maturada?.
O texto prossegue dizendo que ?entendemos como não necessária a proibição ao trânsito e comercialização de carnes e miúdos de aves e suínos in natura ou derivados industrializados destes animais. O mesmo se aplica a couros e peles em qualquer fase de industrialização, produtos e sub-produtos de origem animal destinados diretamente a exportação, leite ?in natura? destinado diretamente a estabelecimentos industriais de SIF para SIF e pescados e alevinos?.
Rocha Loures conclui a carta ao governo de São Paulo salientando que é preciso haver colaboração entre os estados e defende a ?preservação da livre concorrência para que o desenvolvimento de negócios que sustentem a expansão da atividade industrial paulista, paranaense e brasileira?.