Fiep é contra a transferência do porto para União

O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, é contrário à transferência da administração do Porto de Paranaguá à União, conforme decreto legislativo aprovado pela Câmara Federal.

?Somos partidários de que o Porto de Paranaguá permaneça sob controle do Estado. Ao mesmo tempo, defendemos melhorias no sistema de gestão e na infra-estrutura portuária para que o setor produtivo possa contar com um terminal competitivo?, destaca.

Para o presidente da Fiep, a grandeza e importância do Porto para o Brasil foram construídas por meio do trabalho e da dedicação dos paranaenses. ?Sua atividade interessa diretamente aos empresários do nosso Estado. Por isso, é inaceitável que sua administração esteja a cargo do Governo Federal, que tem pouco conhecimento de nossa realidade econômica?, entende o empresário.

As mudanças institucionais propostas no Congresso Nacional, acrescenta Rocha Loures, vão dificultar a operação do Porto de Paranaguá e prejudicar o desempenho do setor exportador do Estado.

?Hoje, se temos problemas, podemos discuti-los com os administradores. Com o porto federalizado, o acesso do setor produtivo ao comando do terminal será extremamente difícil, as decisões serão morosas. Não há benefícios para as empresas paranaenses que utilizam o terminal e nem para o Estado de uma forma geral?, afirma.

De acordo com Rocha Loures, é perfeitamente possível a compatibilização dos interesses público e privado na operação do terminal, sem necessidade de privatização.

?A administração geral deve estar sob o controle do Governo do Estado, que tem o papel de agente regulador, e muitos serviços podem ficar a cargo da iniciativa privada, como já acontece hoje. O que importa é um bom funcionamento do Porto para o desenvolvimento econômico paranaense. Este precisar ser o objetivo comum perseguido por empresários e pelo governo estadual?.

Rocha Loures acrescenta que o Porto de Paranaguá precisa passar por melhorias que podem ser feitas com o porto estadualizado. ?O que é preciso é articulação, negociação e diálogo para a estrutura funcionar melhor?, defende o presidente da Federação das Indústrias.

Ele lembra que o Fórum Industrial-Parlamentar Sul, formado pelas federações industriais da região e pelas bancadas federais dos três estados no Congresso Nacional, identificou a necessidade de investimentos federais de R$ 328 milhões para modernizar as instalações e a operação do terminal paranaense.

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