Fidel propõe “contra-reforma” em Cuba

Os cubanos poderão assinar, durante quatro dias a partir de amanhã, uma proposta de reforma à Carta Magna, de forma a ratificar o seu apoio à revolução socialista, no poder há mais de 40 anos no país. O presidente Fidel Castro anunciou ontem à noite que, em mais de 120 mil pontos em toda a ilha, os cubanos poderão assinar a proposta que torna intocável o regime econômico, político e social de Cuba.

Essa ?contra-reforma? é uma resposta às reivindicações de opositores cubanos, que vêm pedindo mudanças democráticas na ilha. No mês passado, um grupo de ativistas entregou uma petição com mais de 11.020 assinaturas à Assembléia Nacional cubana, propondo um referendo aos eleitores, para saber se os cubanos estão a favor de direitos como a liberdade de expressão, anistia para os presos políticos e o direito de possuir uma empresa. Nem a Assembléia nem Fidel fizeram menção a essa petição, batizada “Projeto Varela”, a maior iniciativa interna e pacífica realizada até o presente em Cuba para pedir reformas às leis do governo, instaurado há 43 anos. O governo acusou os organizadores da petição de serem pagos pelo governo americano.

As propostas e contrapropostas de reformas em Cuba coincidem com o agravamento da situação econômica da ilha, cujas autoridades já adotaram medidas como um ajuste geral de preços de produtos de venda em dólares e planos de redução de consumo de energia elétrica, além de uma reestruturação da histórica indústria açucareira.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo