A Fiat anunciou a contratação de 1.200 empregados para a fábrica de Betim (MG). A partir do próximo ano, a linha de montagem vai funcionar 24 horas, com a criação de um terceiro turno de trabalho. A montadora, líder de vendas no mercado brasileiro, tem planos de produzir 600 mil carros, 50 mil a mais em relação a este ano.

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O volume ficará próximo do recorde de 1997, quando a Fiat produziu 619 mil veículos. Depois daquele ano, a empresa passou a operar em dois turnos. Com as contratações, a produção diária passará de 2.200 para 2.500 unidades, atingindo o limite da capacidade.

A partir daí, a montadora poderá retomar a produção na fábrica de Córdoba, na Argentina, que deixou de produzir automóveis em 2000 e atualmente só faz motores e transmissões.

As primeiras 120 contratações ocorrerão este mês e as demais, nas próximas semanas, segundo informou o presidente da montadora Cledorvino Belini, em encontro, ontem, com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Também participou da reunião o vice-presidente do conselho de administração da Fiat na Itália, John Elkann.

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Ao todo, a fábrica vai empregar 10.200 pessoas. Este ano, a Fiat já havia feito outras 500 contratações. A Volkswagen, ao contrário, está encolhendo seu quadro de pessoal e este ano negociou com os sindicatos de metalúrgicos a dispensa de cerca de 1.500 trabalhadores na fábrica de São Bernardo do Campo e de 160 em Taubaté, ambas no Estado de São Paulo.

Até o fim de 2008, a Volks deve cortar cerca de 6 mil postos, 25% do quadro atual. A General Motors também reduziu vagas em São José dos Campos (SP), mas contratou em Gravataí (RS).

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