O presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou hoje, por meio do porta-voz Alexandre Parola, que irá doar sua biblioteca pessoal e seus arquivos presidenciais à organização não-governamental (ONG) que pretende fundar após deixar o governo, a partir de janeiro. Quinze empresários que têm colaborado com a criação da ONG foram convidados para jantar hoje no Palácio da Alvorada.

Com sede em São Paulo, no prédio do Automóvel Clube, a ONG vai tratar de temas relativos a políticas públicas, globalização e relações internacionais. Segundo o porta-voz, o instituto ainda não tem nome. O acervo do presidente será doado futuramente à Universidade de São Paulo (USP), onde Fernando Henrique estudou e lecionou.

Entre os convidados para o jantar, estavam os empresários Pedro Piva, Jorge Gerdau e Benjamin Steinbruch, além do banqueiro Lázaro de Mello Brandão e do empreiteiro Emílio Odebrecht. O porta-voz não confirmou a informação, já divulgada pela imprensa, de que esses empresários financiaram a compra da sede do instituto de Fernando Henrique, ainda sem nome.

?Esse jantar será em agradecimento à colaboração que as pessoas têm prestado à formação do instituto e servirá também para pedir sugestão de novos colaboradores?, disse Alexandre Parola. Segundo ele, os convidados são ?colaboradores em sentido amplo?. ?Entendo que são as pessoas que estão colaborando para que o instituto se concretize, isso em sentido amplo?, afirmou.

O instituto de Fernando Henrique será concebido nos moldes do Instituto Mário Soares, criado pelo ex-presidente de Portugal. A biblioteca e o acervo do presidente brasileiro serão abertos ao público. ?O objetivo é assegurar o acesso do público ao material, permitindo assim realização de pesquisas e a promoção de encontros e debates?, disse o porta-voz.

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