FH diz o que vai fazer no futuro: entrar numa ONG

O presidente Fernando Henrique Cardoso já divulgou o que vai fazer no seu futuro, quando deixar a presidência. Ao ouvir o discurso das organizações não-governamentais (ONGs) na cerimônia, de lançamento da Agenda 21, ele disse que está esperando para chegar em breve o seu momento de entrar numa ONGs.
Assessores do presidente já afirmaram, em outras ocasiões, a intenção do presidente de participar de uma ONG, talvez internacional, depois de deixar o governo. Brincalhão, ele ainda disse que não costuma ler seu discurso, mas sim fazer improvisações e que muitas vezes fala demais, fala até ?bobagens?, e que às vezes paga um preço altíssimo por isso, na imprensa, no dia seguinte.
No discurso, o presidente afirmou sua pretensão de assinar em breve o Parque Nacional do Tumulcumaque. Bem-humorado, ele defendeu a proposta do parque lembrando que tem poder e que ainda pode fazer ?muitas coisas? em seu governo.
– Se não bastar a persuasão, eu tenho poder. Me resta poucos meses de governo, mas ainda dá para fazer muitas coisas que marcam – disse.
A Agenda 21 traz as sugestões para o desenvolvimento sustentável brasileiro e os avanços registrados no país desde a Conferência Mundial sobre Meio Ambiente, realizada em 1992, no Rio de Janeiro (Eco 92).
Ao fazer um discurso no lançamento da Agenda 21 brasileira, o presidente Fernando Henrique Cardoso disse que espera que o encontro da Rio+10, que acontecerá na África do Sul, em dezembro, não seja dominado pelo tema da pobreza. Fernando Henrique disse que é preciso discutir outros temas, como meio ambiente, que são essenciais para o desenvolvimento sustentável, e que não podem ser sufocados.
Fernando Henrique afirmou ainda que no encontro da África do Sul a proposta sul-americana será de que pelo menos 10% das fontes de energia utilizadas pelos países sejam renováveis. Ele disse que a proposta tem inspiração brasileira e, por isso, o país tem um papel decisivo no encontro. O ministro do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, disse que é claro que se discutirá a questão da pobreza, mas que não se pode aceitar que, com isso, não se discuta as responsabilidades do países industrializados na agressão ao meio ambiente. (AG)

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