O próximo governo vai ter várias opções para transformar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em um investidor institucional de peso e, com isso, melhorar a remuneração paga atualmente ao trabalhador, que é TR (taxa referencial) mais 3% ao ano. Uma das propostas em análise pelo atual governo, que será deixada para o sucessor, é a que prevê que o próprio FGTS aplique um porcentual do seu caixa em ações. Os ganhos da aplicação seriam distribuídos entre os titulares das contas.
Feita a aplicação dessa forma, os técnicos avaliam que serão superados dois grandes problemas. O primeiro deles é o baixo rendimento proporcionado a essa poupança compulsória, que é uma das principais reclamações dos cotistas. O segundo é evitar que o próprio trabalhador corra riscos no mercado de capitais.
O próximo governo poderá também atacar uma outra fonte de constantes atritos no Conselho Curador do FGTS, que reúne representantes do governo, empresários e trabalhadores: o direcionamento das aplicações do fundo, voltado prioritariamente para a população de baixa renda.