Politizados

Festival também terá peças com viés político

O Festival de Teatro de Curitiba, que começará amanhã (24), trará muitos temas para os palcos da capital paranaense. Dentre eles, está a visão política de diferentes grupos teatrais sobre o tema, tanto em casos nacionais, como internacionais.

Confira os cinco espetáculos relacionados ao assunto:

Meu Saba – Na mostra principal, o confronto entre Israel e Palestina será retratado duas vezes. Em Meu Saba, a atriz Clarissa Kahane faz um monólogo contando a vida da sua personagem, Noa, neta do primeiro ministro israelense Yitzhak Rabin, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1994 e assassinado um ano depois por um israelense contrário ao movimento de paz com os palestinos.

Na peça, a personagem relembra momentos de sua infância na casa de seu avô e conversas com ele, além de suas crises existenciais de uma adolescente que cresceu em meio a uma guerra.

O espetáculo é inteiramente baseado no livro “Em Nome da Dor e da Esperança”, de Noa Ben-Artzi Pelossof. O drama estará em cartaz no SESC da Esquina nos dias 03 e 04 de abril, a partir das 21h. A classificação é de 12 anos.

Post Scriptum – Também abordando o mesmo tema, a Companhia Teatral Arnesto nos Convidou, de São Paulo, apresenta a peça que traz o conflito entre Israel e Palestina por meio de uma família radicada no Brasil, mas de diferentes origens.

Cena da peça “Post Scriptum”. Foto: Divulgação.

O pai é palestino e muçulmano. Já a mãe é libanesa e ortodoxa. O filho mais velho é brasileiro e muçulmano. Por fim, o caçula é brasileiro e com formação católica.

O drama é divido entre os planos da realidade, da imaginação e do mito, que se desenvolvem a partir de um acidente aéreo no Amazonas, onde o pai é dado como desaparecido. O espetáculo sobe no palco do Teatro Paiol nos dias 26 e 27 de março, às 21h. A classificação é livre.

Abnegação II – O começo do fim – Ainda falando sobre política, a peça traz a segunda parte da trilogia “Abnegação”. A trama aborda as relações internas de um partido político e usa minimalismo para encenar.

Na parte dois da trilogia, é retratado o momento em que o partido, para ganhar dimensão nacional, é obrigado a participar de várias práticas, que ele mesmo condena, comuns na política tradicional.

Alguns de seus integrantes vivem um dilema ético e acabam se negando a continuar no movimento. O espetáculo sobe no palco do Guairinha dos dias 03 e 04 de abril, às 21h. A classificação é de 18 anos.

Doce Ditadura – No Festival também há peças que abordam a ditadura militar, como esse espetáculo, que é da Cia Navegantes do Tempo. Na trama, torturadores, torturados, funcionários públicos corrompidos e personagens desconhecidos mostram seu sadismo diante do episódio. A peça estará em cartaz no dia 26, 27 e 28 de março às 20h e no dia 29 às 19h, no Espaço Cultural FALEC. A classificação é de 16 anos.

E nós que amávamos tanto a revolução – Também retratando a ditadura militar, o espetáculo apresentado pela Cia Opine, de Cruzeiro/SP, aborda, de forma realista, a situação dos presos políticos durante a ditadura.

No meio da trama, dois amigos se encontram, porém em lados opostos. O drama sobe no palco do Teatro Cleón Jacques no dia 03 de abril, às 14h, e no dia 04 de abril, às 17h. A classificação é de 14 anos.