No clima da magia dos contos de fadas, a cerimônia de abertura do Festival de Teatro de Curiitba aconteceu na noite de ontem (24), no grande auditório do Teatro Guaíra.

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Apresentada pelo ator e diretor curitibano Guilherme Weber, o evento contou com a presença do diretor do festival Leandro Knopfholz, a vice-governadora Cida Borghetti, o secretário da Cultura Paulino Viapiana e o prefeito Gustavo Fruet

Espetáculo

Comemorando seus 45 anos, o Balé do Teatro Guaíra apresentou o espetáculo Cinderela. Coreografada por Gustavo Ramirez Sansano, ex-diretor artístico da companhia Luna Negra Dance Theater, de Chicago, a peça adaptou o tradional conto dos irmãos Grimm para os anos 60, caracterizado pelos vestidos rodados e os tradicionais rabos de cavalo da época.

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A sonoplastia que embalou os passos dos 24 bailarinos foi misto das Cinderelas de Rossini, Strauss e Prokofiev. Além dos clássicos, a obra ganhou um apelo pop com a participação da banda Maxixe Machine, que executou duas canções ao vivo.

No cenário foi incluído um sofá, cortinas e uma grande televisão, pela qual é anunciado o baile, em que a fada madrinha surge na figura de um homem barbado e o príncipe (no caso um milionário) anuncia sua busca pela gata borralheira.

Cena do espetáculo “Cinderela”. Foto: Wesley Ferreira Pischke.
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Outras adaptações feitas para deixar a peça com uma cara mais moderna, foi transformar a carruagem em uma limusine e a cinderela perder o vestido ao invés do sapato. O grande destaque ficou na dança das duas irmãs atrapalhadas e da madrasta má, que era interpretada por um bailarino homem.

Escolha

Segundo o diretor do Festival de Teatro, Leandro Knopfholz, o objetivo é trazer para a abertura espetáculos de qualidade, que agradem o público e que sejam comunicativo.

“O espetáculo Cinderela apresenta todos os quesitos. O nível do ballet Guaíra é muito alto e isso tem que ser visto, então aproveitamos o festival para dar essa visibidade e projeção para a montagem”, disse.

Cena do espetáculo “Cinderela”. Foto: Wesley Ferreira Pichske.

Para ele foi uma situação bacana para todos e tanto a seleção do espetáculo como o evento ao todo foram um sucesso. “Eu espero que o resto do festival siga nesse clima alegre, leve e feliz”, finaliza.

Para o bailarino Raphael Ribeiro, intérprete do princípe da cinderela, abrir o festival de teatro foi um privilégio muito grande. “Mesmo sendo uma companhia da casa, essa foi a primeira vez que fizemos a abertura. Estou bem contente e satisfeito, o público foi muito simpático, a casa estava lotada”, disse.

Público

Para a estudante Karen Lillian Rocha, o mais interessante foi a reformulação do espetáculo para algo mais moderno, fugindo da história romântica e calma. “O ballet Guaíra é um grupo antigo, e quem conhece sabe a qualidade e a técnica que os bailarinos possuem. A coreografia ter sido em dança contemporânea diferenciou do clássico e chocou o público, foi original e criativo. Mostrou logo de cara a qualidade do festival”, disse.  

Segundo a cantora, atriz e apresentadora Iria Braga, é muito interessante começar o Festival de Curitba privilegiando artistas da casa. “É importante que as pessoas de fora vejam a qualidade do que é promovido na cidade. É bom ver que as pessoas vibram muito com as produções locais”, disse.

Para ela a noite foi muito especial, pois foi uma prévia de tudo que está por vir. Minha espectativa para este festival é muito boa, eu qu,ero ver algumas produções estrangeiras, algumas da fringe e outras de mostras paralelas. Estou bem feliz com o repertório e espero que essas duas semanas sejam movimentadas”, finaliza.

Recepção

Após a cerimônia de abertura, os convidados foram recepcionados na Praça Santos Andrade, que foi fechada para a festa, com direito a coquetel e show de fogos de artifício. O empresário Leonedas Leal disse gostar da escolha do local.

“Mesmo existindo várias praças em Curitiba, faz alguns anos que eu não frequento nenhuma e hoje, do jeito que ela está e tudo que está sendo realizado, a deixa bonita e convidativa”, disse. A marcação do local foi feita por cercas de metal, direcionando quem saia do Teatro Guaíra e impedindo a entrada de quem não fosse convidado.