Os fiscais da Secretaria da Agricultura do Núcleo Regional de Ponta Grossa comprovaram a falsificação de fertilizantes comercializados nos municípios de Palmeira, Reserva e Ortigueira. A constatação foi feita a partir dos resultados de análises oficiais, realizadas pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) nos meses de outubro e novembro de 2005.
O fiscal da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal (DDSV) da Secretaria da Agricultura, João Miguel Toledo Tosato, ressaltou que os resultados apresentados pelo Tecpar, através de análises oficiais das amostras dos fertilizantes, comprovaram que se tratava de falsificação.
?Com isso, houve a interdição dos lotes e a autuação dos responsáveis pela comercialização dos produtos?, disse. Segundo ele, cópias dos laudos oficiais, que constataram as fraudes, foram repassadas às Delegacias de Polícia e à Promotoria dos municípios onde os produtos foram comercializados.
Os fraudadores também falsificavam as etiquetas e as embalagens. Tosato lembrou que após ser comunicada pelos fiscais a firma fabricante acionou os técnicos responsáveis pelo controle de qualidade.
?Eles verificaram que as embalagens e as etiquetas de identificação eram imitações da sua marca. O comércio dos fertilizantes era feito com notas fiscais de revendas localizadas nos municípios de Apucarana e Guarapuava e as embalagens e etiquetas de identificação eram da empresa fabricante, conhecida pela qualidade de seus produtos?, afirmou.
A apreensão da Secretaria da Agricultura impediu que os agricultores usassem em suas lavouras esses fertilizantes fraudados que não contêm os teores de nutrientes declarados em suas formulaçõess. Segundo Tosato, os fiscais conseguiram evitar que um agricultor usasse 700 sacos de 50 Kg em sua lavoura.
De acordo com a Divisão de Defesa Sanitária Vegetal, os agricultores devem adquirir fertilizantes, agrotóxicos e sementes apenas de empresas representantes ou diretamente dos fabricantes. Os agricultores também devem exigir nota fical que discrimine os dados do produto.
Para o fiscal da Divisão, no caso dos fertilizantes, é preciso ter o número do lote, a quantidade, o número do registro do produto no Ministério da Agricultura, do estabelecimento do produtor, além das garantias em porcentagens. ?O número do lote é muito importante para se poder fazer a rastreabilidade de um produto que esteja fora do padrão ou fraudado?, comentou.
Os fiscais também alertam que os agricultores devem tomar cuidado com a compra de insumos agrícolas de empresas desconhecidas. ?Principalmente, no caso de aquisição de produtos de aventureiros que vão até a propriedade ou, por telefone, destacam a marca de determinado fabricante?, lembrou Tosato.
