A Ferroeste (Estrada de Ferro Paraná Oeste S/A) entrou em 2007 operando os 248 quilômetros da linha férrea que liga Cascavel à Guarapuava (Oeste ao Centro Oeste do Paraná). Os trabalhos retornaram às 6h desta terça-feira (2), depois do feriado da virada de ano. ?Apesar de todas as tentativas de sabotagem por parte da antiga concessionária, a ferrovia fechou o ano de 2006 sem interrupção?, destacou o diretor administrativo, financeiro e jurídico Samuel Gomes.

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Samuel se referia a notícia divulgada pela imprensa, sobre uma falsa assembléia geral dos trabalhadores, que aconteceria às 11h30 da sexta-feira (29 de dezembro de 2006). O ato, informado às redações por uma pessoa que se identificou apenas como funcionário da antiga concessionária, não aconteceu. No mesmo dia o diretor da Ferroeste denunciou o desligamento da placa de rede da ferrovia por acesso remoto (externo) de detentor da senha do administrador. ?Trata-se, evidentemente, de ato criminoso e de evidente gravidade, porque dirigido contra atividade econômica lícita e prestação de serviço público de relevância econômica e social indiscutível?, explicou em carta ao delegado-chefe da 15ª Subdivisão Policial.

A normalidade do transporte ficou estabelecida no período da tarde, durante reunião na Sub-Delegacia Regional do Trabalho de Cascavel. Os funcionários da extinta Ferropar aceitaram a proposta da Ferroeste para manter a operação. Durante o encontro na DRT, a Ferroeste se comprometeu a pagar os salários a partir de 18 de dezembro, quando a administração da ferrovia voltou ao governo do Estado. ?Garantimos o pagamento de todos, que deverá ocorrer até o quinto dia útil de janeiro?, destacou Samuel.

De acordo com ele, a proposta da Ferroeste incluiu todos os direitos trabalhistas previstos em lei, como repouso semanal remunerado, vale transporte e seguro periculosidade e insalubridade. No encontro, com participação dos sindicatos da categoria, Ministério Público e Ministério Público do Trabalho, ficou definida a realização de um teste seletivo.

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Prazo maior

?Ainda não tem uma data definida, mas ele deverá ser feito o mais breve possível, sem qualquer interferência na operação da ferrovia?, frisou Samuel. A medida, segundo ele, vai permitir um período mais dilatado para definir a fórmula da contratação definitiva dos trabalhadores. ?Desde que o Estado reassumiu a administração dos trilhos, não houve atraso nos trens e nenhuma tonelada deixou de ser transportada?, destacou o diretor.

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Em relação aos salários da primeira metade de dezembro e a segunda parcela do 13.º salário de 2006, os encargos são responsabilidade da massa falida da extinta concessionária. O administrador judicial, Augusto De Conto, deverá se pronunciar sobre a situação ainda esta semana. Para saldar parte do débito, ele poderá utilizar recursos da conta corrente da Ferropar, interditada por determinação do juiz da 3ª Vara Cível Rosaldo Pacagnan, que decretou a falência do grupo.