FENABAN diz que não vai mudar proposta apresentada à categoria

O Superintendente de Relações Trabalhistas e Coordenador das Negociações Coletivas da Federação Nacional dos Bancos (FENABAN), Magno Ribas Apóstolo, afirmou hoje que a entidade não pretende alterar a proposta salarial apresentada à categoria. ?Não há negociação marcada e nem há possibilidade de alterar uma proposta que foi construída junto com a Executiva Nacional dos Bancários. Então, nós da Federação Nacional dos Bancos não vemos nenhuma possibilidade ou necessidade de mexer nesta proposta? afirmou o superintendente, em entrevista à rádio Nacional AM.

Segundo Magno, a entidade não entende porque a proposta de negociação foi rejeitada pelos bancários. ?É muito estranho que eles ajudem a construir uma proposta e depois digam que ela não serve. Tanto é assim, que até agora nós não conseguimos saber deles o porque que a proposta não serve?, afirmou.

A proposta da FENABAN prevê reajuste salarial de 8,5%. “E para os empregados que ganham até R$ 1,500 ainda há a adição de um valor fixo de R$ 30. Isso faz com que o reajuste vá de 8,5% até quase 13% e, portanto, quase dobra frente à inflação do período. Além disso, a proposta inclui o pagamento de participação nos lucros do resultado em 80% do salário e mais um valor fixo de R$ 705,00”, explica Magno.

Desde quarta-feira (15), segundo a Confederação Nacional dos Bancários (CNB), os bancários de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Brasília, Paraná e Rio Grande do Sul entraram em greve. A pauta de reivindicações da categoria inclui aumento linear de 25% no salário, redução da jornada de trabalho e isonomia para os novos funcionários da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

Em Cuiabá e Rondônia, os sindicatos declararam paralisação de 24 horas e avaliarão amanhã (17) se aderem ou não à greve. Quatro sindicatos do interior do estado do Rio de Janeiro, três do interior do Paraná e mais três do interior de São Paulo também estão em greve.

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