O principal diário espanhol – El País – publicou há dias ampla reportagem sobre a situação político-econômica brasileira, assinalando que na campanha pela reeleição o presidente Luiz Inácio deverá fincar pé em seu maior trunfo: as boas condições da economia.
O boletim eletrônico da BBC Brasil publicou ontem informe sobre a avaliação feita pela agência de classificação de risco Standard&Poors, elevando a nota da dívida externa brasileira de BB- para BB. A classificação da dívida em moeda estrangeira a longo prazo foi também revista para BB, e a de moeda local a longo prazo elevada para BB+.
Diz a notícia que as elevações refletem a melhoria contínua e segura dos indicadores da dívida externa brasileira, além de abrir uma perspectiva confiável da queda de vulnerabilidade das contas públicas do País.
As reservas acumuladas em nível maior que o esperado para honrar compromissos futuros da dívida externa pública e privada, segundo a S&P, é um ponto francamente favorável ao governo Lula na meticulosa gestão da dívida.
Subindo nas pesquisas de intenção eleitoral, o presidente Lula recebe mais um influxo de otimismo proporcionado pela avaliação da prestigiosa agência internacional, para quem os fundamentos da economia estão mais fortes do que em outros ciclos eleitorais. A única ressalva foi endereçada às elevadas taxas de juros que complicam a dinâmica fiscal e tolhem a expansão de investimentos produtivos no País.
Não é sem motivo que o ministro Antônio Palocci está investido de uma missão imediata: transmitir ao empresariado daqui e do estrangeiro a garantia dos ajustes indispensáveis da política econômica atual, na eventualidade concreta de um segundo mandato, de maneira que todos continuem felizes para sempre…