Felipe pega 6 meses de suspensão

Na noite de 2 de março, ele desferiu um soco no rosto do atleta Marcus Mendes, do Campinense-PB, durante partida da Copa do Brasil, disputada no Maracanã. A decisão dos quatro auditores da 2.ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) foi implacável. O Fluminense deve pedir nesta quarta-feira efeito suspensivo à Presidência do tribunal e vai recorrer da decisão.

Felipe assistiu ao julgamento cabisbaixo e deixou o prédio do STJD sem dar entrevistas. A defesa do Tricolor apresentou duas testemunhas: o técnico da equipe, Abel Braga, e o meia Marcão, companheiro de Felipe no time carioca. Eles relataram supostas ofensas de Marcus Mendes ao jogador. "O cara ofendeu a mulher de Felipe. Então ele tinha mesmo de partir para a porrada", disse Abel.

A diretoria do Fluminense vai-se reunir nesta quarta para estudar o destino de Felipe, caso a punição seja confirmada em segunda instância pela justiça esportiva. Existe a hipótese de o atleta ter seu contrato rescindido com o clube. Também há a possibilidade de o Tricolor vir a pedir ao STJD a conversão da pena em ‘obras sociais’, a fim de que Felipe possa ser transferido para o exterior durante o período da vigência da punição.

O advogado contratado pelo clube, Clovis Sahione, deixou o plenário contrariado com o resultado do julgamento. "O Felipe é um ser humano.

Ele é fraco. Isso não foi levado em consideração." Sahione protagonizou uma situação constrangedora em maio de 2003, quando foi flagrado por câmeras de TV orientando o fiscal da Receita Carlos Eduardo Pereira Ramos, condenado por escândalo no propinoduto, a mudar a caligrafia durante uma audiência.

Ele lamentou a ausência de Marcus Mendes na sessão e disse que caberia ao STJD a convocação do atleta do Campinense. "Vossa Excelência está enganado. Como consta do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), caberia ao Fluminense, se houvesse interesse, trazer o referido jogador", rebateu o presidente da 2ª Comissão Disciplinar, Antonio Augusto Toledo Gaspar.

Em seu depoimento, Felipe disse que foi "insultado" várias vezes e perseguido com faltas pelo adversário no decorrer do jogo. "Eu perdi a cabeça quando ele falou da minha família, da minha esposa." Em seguida, se declarou arrependido da agressão. "Nem tenho dormido desde então."

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