Felipão se cala à espera da decisão

Luiz Felipe Scolari parece mais concentrado do que os jogadores na reta final da busca pelo título mundial. O treinador tem evitado entrevistas – a última que deu foi no sábado à noite – e passa ao largo do local onde normalmente se concentram jornalistas antes dos treinos da equipe. O silêncio foi a forma que encontrou para não tirar a atenção do jogo com a Turquia e de eventual final.

Quem conhece os métodos do técnico sabe que nestes momentos ele fica mais arisco. Os bate-papos informais com repórteres escasseiam e os contatos se limitam a uma ou outra frase, a breves acenos. Não há mais as conversas relaxadas, como ocorriam com freqüência em Ulsan, tanto no hotel em que a delegação estava hospedada como no campo de treinamentos.

Até as caminhadas sem compromisso com o auxiliar Murtosa passaram a ser menos comuns, desde que o Brasil desembarcou no Japão. Um dos motivos é a constante troca de quartel-general Kobe, Hamamatsu, Saitama e, quem sabe?, Yokohama. Outro é a tensão, que aumenta à medida que a competição afunila. Felipão, então, prefere fechar o foco nos adversários que tem pela frente e procura não dispersar.

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