O técnico Luiz Felipe Scolari recusou um convite feito pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para voltar a ser o técnico da seleção brasileira. Depois de levar a seleção de Portugal ao quarto lugar na Copa do Mundo, ele pretende continuar trabalhando no futebol europeu, e ainda negocia com a Federação Portuguesa de Futebol uma renovação de contrato.
Felipão, de 58 anos, treinou a seleção brasileira entre junho de 2001 e agosto de 2002. Depois de um começo irregular, que incluiu a vexatória eliminação nas quartas-de-final da Copa América, diante de Honduras, o técnico conseguiu embalar a seleção e levá-la à conquista do pentacampeonato na Copa do Mundo com uma campanha irrepreensível: sete vitórias em sete jogos, 18 gols marcados e 4 sofridos.
Nesse período, criou várias polêmicas, como apostar em Ronaldo, que vinha de quase dois anos sem jogar, e se recusar a convocar Romário, que só esteve presente na primeira partida sob seu comando: derrota por 1 a 0 para o Uruguai, em Montevidéu. Despediu-se com outra derrota por 1 a 0, para o Paraguai, em Fortaleza, no jogo comemorativo do penta – já era interino, pois havia avisado ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que não ficaria no cargo.
Segundo o jornal O Globo de hoje, Teixeira teria oferecido um contrato de oito anos, até a Copa de 2014, que pode ser realizada no Brasil, mas o técnico, a pedido de sua família, decidiu continuar morando e trabalhando na Europa.
Entre as opções para o cargo, Teixeira tem agora Vanderlei Luxemburgo, que já treinou a seleção entre 1998 e 2000 e tem contrato com o Santos até o fim de 2007, e Paulo Autuori, que foi campeão mundial de clubes com o São Paulo, em dezembro, e está no Kashima Antlers. Nesse caso, Carlos Alberto Parreira seria convidado a assumir o cargo de coordenador-técnico da seleção – embora o próprio Parreira não descarte permanecer como técnico.
O tempo para tomar uma decisão é curto: a seleção volta a jogar no dia 16 de agosto, em Oslo, contra a Noruega, e depois enfrenta o Kuwait, dia 7 de outubro, no Oriente Médio. O site da Fifa aponta ainda uma partida contra a Grécia, em 15 de novembro em Atenas, que não está nos registros da entidade brasileira.