Comerciantes das feiras livres da cidade estão se organizando para formar uma associação dos feirantes em Curitiba. A mobilização é um dos resultados do projeto Passarela Saudável, lançado há menos de um mês pela Prefeitura de Curitiba. "O Passarela Saudável foi um grande motivador. Nos ajudou a perceber a necessidade de remodelar e organizar melhor nossa categoria", diz o feirante Vitor Mário Alves.
Projeto piloto gerenciado pela Secretaria Municipal do Abastecimento, que funciona inicialmente nas feiras das ruas Alberto Bolliger (sábados) e Nunes Machado (terças-feiras), o Passarela Saudável atende, em média, 800 pessoas por feira. O projeto oferece uma série de informações sobre alimentação saudável, orientação aos feirantes e oficinas de sucos e reaproveitamento de integral de alimentos, aos usuários.
"Testei a receita do suco de couve em casa e todos aprovaram", conta a consumidora Verginia de Jesus Bernardo, que é diabética e freqüenta a feira livre da rua Nunes Machado todas as terças-feiras.
Realizado em parceria com os cursos de Nutrição da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR), o Passarela Saudável prevê a participação dos feirantes como agentes de promoção de saúde e bem estar.
Nas duas feiras selecionadas para implantação do projeto piloto, cartazes são instalados em todas as barracas com informações nutricionais, dicas e sugestões aos consumidores. Os freqüentadores recebem conceitos de conservação e preparo de alimentos.
Receitas de aproveitamento integral de produtos e oficinas de alimento são feitas por 22 estagiários e professores de nutrição da UFPR e PUC/PR. Dois mascotes interagem com o público: a dona Couve e o sr. Cenoura, personagens da campanha.
Numa primeira etapa o projeto funcionará durante dois meses. Depois, a prefeitura vai avaliar os resultados para ampliar a programação de maneira itinerante a outros equipamentos públicos, como Ruas da Cidadania, praças e parques.
Pesquisa realizada pela Secretaria Municipal do Abastecimento mostra que as feiras livres tipo "A", que são as feiras que têm como ponto forte os hortifrutigranjeiros, recebem por semana 10.600 consumidores. A maioria (71%) desse público é de mulheres e 50% têm mais de 51 anos.
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