Durou apenas duas horas a operação dos policiais federais grevistas nesta quinta-feira no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista. A manifestação, que causou longas filas para o embarque, foi suspensa após pressão do governo.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), da tropa-de-choque do Planalto, telefonou para o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Francisco Garisto, e fez um alerta: ou os grevistas suspendiam a ação ou as negociações da categoria com o Ministério da Justiça seriam prejudicadas. A operação foi suspensa logo após a ligação.

Em Cumbica, espera de até quatro horas

No Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, as filas foram um pouco menores no terceiro dia de greve. A espera voltou a ser de três horas só no começo da noite. Isso porque a maioria dos passageiros seguiu o conselhos das companhias aéreas e adiantou a chegada ao aeroporto, onde os federais têm verificado um a um os documentos das pessoas no embarque e na chegada dos vôos. De manhã, a ação dos agentes fez com que os passageiros esperassem quatro horas para passar pela alfândega. À tarde, houve vôos que atrasaram duas horas. Cerca de 18 mil passageiros sofreram com as longas esperas.

Filas nos principais aeroportos do País

No Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, a espera média para vôos internacionais foi de duas horas.

Em Belo Horizonte, os federais entregaram as armas numa cerimônia simbólica de adesão oficial à greve. Os sindicalistas dizem que cerca de 70% do efetivo aderiu à paralisação.

Em Salvador, a PF recomenda que a retirada de passaporte seja feita na sede do órgão e não mais aos postos de serviço instalados em alguns shoppings da cidade.

No aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus, a greve provocou atrasos de quase três horas. Os agentes da Polícia Federal fiscalizaram todas as bagagens que passavam pelos guichês de chek-in, até mesmo as de mão.

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