A ação foi encaminhada ao Ministério Público Estadual pela Faeb (Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia), que acusa Rainha de incitar a violência e perturbar a paz pública em Itabuna (429 km ao sul de Salvador).
Segundo a denúncia, José Rainha Jr. teria estimulado os sem-terra a invadirem propriedades na região. “O que Lula não fizer com a caneta, nós vamos fazer com foices e facões”, disse Rainha Jr. para cerca de 1.200 sem-terra do sul da Bahia, no último dia 9. O discurso do líder do MST foi gravado por emissoras de rádio e televisão.
O presidente da Faeb, João Martins da Silva Júnior, disse que o Ministério Público deve investigar as ações de Rainha Jr. e do MST na região de Itabuna. Segundo a entidade, a fazenda utilizada por Rainha Jr. para fazer o seu discurso aos sem-terra é produtiva.
“O imóvel rural é utilizado para o plantio e produção de cacau”, escreveu o advogado da Faeb, na ação encaminhada ao Ministério Público.
Em outra parte da ação, a Faeb alega que José Rainha Júnior está “incitando a formação de quadrilhas ou bandos para a prática de crimes contra a paz pública”. O coordenador do MST na Bahia, Valmir Assunção, criticou a posição tomada pela Faeb. “Martins Júnior é um fazendeiro retrógrado, que gosta de perseguir o nosso movimento.”
Segundo Assunção, a fazenda utilizada por José Rainha Júnior para fazer o seu discurso não é produtiva. “Mais de 2.500 sem-terra estão na propriedade desde o final do ano passado.”
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