Um embaraço a mais no caminho dos dirigentes federais, de modo especial do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e seus auxiliares diretos no setor de doenças infecciosas.
Interagindo com o Ministério do Turismo, diante do surgimento de alguns casos de febre amarela e um registro de morte em conseqüência da doença, o ministro da Saúde pediu providências urgentes para evitar que turistas e trabalhadores comuns entrem nas áreas endêmicas sem terem recebido a vacina.
Ainda não se conhece a metodologia a ser utilizada pelo Ministério do Turismo e tampouco se a pasta dispõe de recursos físicos e materiais para atender às ponderações do ministro da Saúde. Como é sempre mais cômodo passar a batata quente para terceiros, a Associação Brasileira de Agentes de Viagem (Abav) será instada a aprimorar a vigilância no Estado de Goiás e no Distrito Federal, onde se manifestaram os primeiros casos de febre amarela.
Erradicada apenas das áreas urbanas nos anos 40s, a febre amarela silvestre é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue, constituindo uma endemia rural que o ser humano contrai acidentalmente. Por isso, a determinação de vacinar todos os que planejam viajar para os locais de risco, as regiões Norte e Centro-Oeste, pelo menos com dez dias de antecedência.
Os infectologistas advertem também para o potencial existente em pontos isolados do Piauí, Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Todo cuidado é pouco, pois a febre amarela pode matar.