Brasília ? O embargo de alguns países à carne bovina brasileira deve fazer com que as exportações do produto, este ano, sejam US$ 200 milhões menores do que o esperado. A estimativa da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para este ano era de exportar US$ 3,2 bilhões. Mas o valor deve chegar a US$ 3 bilhões, pela nova estimativa, após a descoberta de focos de febre aftosa no gado do país.
Apesar dos embargos, a exportação, em toneladas de carne bovina, cresceu 21% entre janeiro e outubro de 2005, comparada ao mesmo período de 2004. O valor ganho com a exportação do produto também cresceu 25% se comparados aos mesmos períodos.
O cenário para 2006 vai depender da eficiência do Brasil em conseguir controlar os focos de aftosa, avalia Antônio Donizeti Beraldo, chefe do Departamento de Assuntos Internacionais e de Comércio Exterior da CNA.
Segundo Donizeti, apesar da expectativa de que a receita com a carne bovina seja afetada, as exportações de carne suína e de frango têm apresentado "desempenho extremamente favorável". As exportações de carnes de aves somaram US$ 2,7 bilhões nos dez primeiros meses deste ano, frente aos US$ 2,1 bilhões do mesmo período de 2004. Já o valor ganho com as exportações de carne suína cresceu 63,5%.
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