O presidente da Cesp, Guilherme Cirne de Toledo, estima aumento no faturamento do setor de energia este ano de 13%, ante uma queda de 20% com o racionamento do ano passado. Em entrevista à Agência Estado, ele disse que o racionamento de 2 001 provocou mudanças estruturais só conseguidas em ?situação de guerra?.

Os consumidores residenciais e comerciais absorveram o costume de economizar energia em seu dia-a-dia, afirmou. As empresas de alto consumo energético (como alumínio, aço, cimento, vidro e ferro-liga) estão trabalhando a plena carga, diz. Ele não acredita que haverá novo racionamento em 2003. 

Para ele, a escassez de água como ocorrida em 2001 foi fato isolado e não acontecia há mais de 70 anos. Sobre o interesse de empresas norte- americanas de abandonarem o setor energético no Brasil, Toledo diz que ?isso deriva de desinvestimentos mundiais para fazer caixa e reduzir dívidas?. Essa decisão afeta mais os países emergentes como o Brasil, argumenta.

Para Cirne de Toledo, ainda há fa lta de investimentos no setor. Cada investidor tem uma explicação para sua insegurança e entende que o marco regulatório do setor energético ainda não está completo, conclui o presidente da Cesp.

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