O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, fez um estudo detalhado dos riscos de homicídio em cerca de dois mil municípios, trabalhando sobre quinze variáveis socioeconômicas. O estudo, que para alguns pode parecer estranho, em síntese, mede os riscos de uma pessoa ser vítima de assassinato.

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O maior risco de morte por homicídio foi registrado na região metropolitana de Vitória, com uma taxa de 80 mortes por grupo de cem mil habitantes, em 2002. Seguem Recife (67,9), Rio de Janeiro (56,5), São Paulo (52,6), Baixada Santista (52,3), Petrolina/Juazeiro (50,1), Maceió (50), Belo Horizonte (37,6), Campinas (37,4) e entorno de Brasília (33,1). A média nacional ficou em 16,1 pessoas assassinadas por grupo de cem mil.

A região em que a taxa de risco mais se expandiu, desde 1980, é a da capital do Espírito Santo, seguida por Recife, Baixada Santista e Petrolina/Juazeiro, no interior de Pernambuco. As cidades com maior taxa de risco de homicídios por cem mil habitantes são Colniza (MT), Serra (ES), Olinda (PE), Tailândia (PA) e Cariacica (ES).

O lado inverso da moeda, onde aparecem, felizmente, as chamadas campeãs da paz, destaca Itajubá (MG), Tubarão (SC), Sete Lagoas (MG), Cametá (PA) e Brusque (SC). A população de Santa Catarina, em termos estatísticos, é a que se expõe ao menor risco de morte por assassinato, pois o estado vizinho detém nove das dez regiões urbanas mais tranqüilas do País.

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O estudo não se refere a nenhum município paranaense. Pelo visto, participamos da média nacional da violência contra a pessoa com um índice bastante tímido.