Farmácias Populares têm estoque para seis meses de atendimento

Os estoques para abastecer os 17 estabelecimentos do Programa Farmácia Popular, lançado hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, são suficientes para garantir o consumo da população por um período de seis meses. Os medicamentos são fornecidos pelos laboratórios públicos e adquiridos dos fabricantes privados mediante licitação. Para manter a oferta após esse prazo serão necessárias novas licitações.

A informação é do coordenador do programa, Dirceu Barbano, ao participar da inauguração da farmácia popular instalada no edifício Martinelli, no centro da capital paulista, uma das dez unidades em funcionamento na cidade. O ato aconteceu, simultaneamente, ao realizado, em Salvador, onde o presidente da República lançou o programa.

A prefeita Marta Suplicy discursou na solenidade de lançamento, por meio do sistema de teleconferência. Ela destacou a vantagem de preços que a população encontrará nesses locais, citando, por exemplo, o remédio utilizado no tratamento de úlcera gástrica, o Omeprazol, cuja caixa de 20 miligramas com 28 cápsulas sairá por R$ 6,44 . ?No mercado, esse medicamento chega a custar até R$ 40,00?, estimou a prefeita.

Questionada sobre o fato de a cidade de São Paulo ter um número maior de farmácias populares do que Salvador (5), Goiânia (1) e Rio de janeiro (1), Marta Suplicy disse que tendo uma população de 11 milhões de habitantes, a capital necessita muito mais do que essas dez unidades. A previsão é de que, em breve, a região metropolitana tenha duplicado o número de farmácias populares.

Na avaliação da prefeita, quem realmente não tem condições de pagar pelo medicamento continuará recorrendo à distribuição gratuita nos postos de saúde, mas a rede de farmácias populares será importante até para as pessoas que contam com convênios médicos particulares mas têm dificuldade em arcar com o custo dos remédios.

O Ministério da Saúde pretende inaugurar 100 farmácias populares até o final deste ano. O Programa Farmácia Popular conta com a parceria das prefeituras. No caso de São Paulo, a prefeitura financiou os imóveis e o ministério forneceu os funcionários e os medicamentos. Os remédios são vendidos exclusivamente com a apresentação de receita médica.

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