Poucos foram os avanços passados seis meses do maior acidente aéreo do Brasil. Desde que o Boeing 737-800 da Gol colidiu com o jato Legacy, em 29 de setembro de 2006, matando 154 pessoas, o Ministério Público Federal (MPF) de Mato Grosso aguarda o inquérito da Polícia Federal e o delegado Renato Sayão, que preside inquérito, pode pedir novo prazo para concluir as investigações. Enquanto isso, apenas duas das famílias das 154 vítimas conseguiram na Justiça o direito a uma pensão alimentícia. A boa notícia é que o número de controladores de vôos aumentou, segundo fontes da Aeronáutica.
O inquérito sobre o acidente depende hoje de laudos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) sobre falha ou mal uso dos equipamentos do Legacy, como o transponder, para ser concluído. A solicitação inclui até a análise dos peritos no manual do avião, para que ele fique compreensível ao delegado responsável e ao procurador da República designado ao caso, Thiago Lemos de Andrade. O delegado já tomou vários depoimentos e pretende confrontá-los com os laudos para fazer os indiciamentos.
Para as famílias, houve algumas conquistas e decepções. ?Seis meses depois e é como se fosse um dia depois do acidente?, desabafou a controladora financeira, Angelita Rosicler de Marchi viúva do executivo Plínio Luiz Siqueira Júnior. Para o presidente da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas, Jorge Cavalcante, não há dinheiro que pague a dor que tiveram, mas ele admite que algumas famílias precisam de acordos rápidos para sobreviver. Amanhã, as famílias devem se reunir em Brasília Rio de Janeiro e Porto Alegre para homenagear as vítimas em uma missa. Os locais e horários ainda serão definidos.
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