Parentes de quatro vítimas do ônibus da Itapemirim incendiado na madrugada de ontem no Rio fazem coleta de material no Laboratório de Genética Forense da Polícia Civil para o exame de DNA que vai identificar os corpos carbonizados.
A empregada doméstica Suely da Silva Araújo, de 40 anos, perdeu a mãe, Jacy, de 63, e o irmão Celso, de 38 anos. Ela ainda tinha esperanças de encontrar os parentes com vida. "Quando saímos de São Paulo, disseram que três pessoas ainda não tinham sido identificadas, mas aqui o funcionário da Itapemirim disse logo que os mortos já estavam identificados e que a minha mãe estava entre eles", afirmou. Jacy e Celso ocupavam as poltronas 1 e 2. "O mais duro é que eles não tiveram tempo nem de se mexer. Não entendo como alguém pode queimar uma pessoa viva", disse.
Também estão no laboratório os parentes de Orminda dos Santos Grandi, de 78 anos, e Florentino Alves Pereira, de 80 anos, amigo que viajava com Jacy e Celso. As famílias se queixam de que não tiveram apoio da Itapemirim.