Brasília – Em audiência pública, nesta quinta-feira (9), na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado,  Eulália Machado, que perdeu o marido no acidente com o Boeing 737-800 da Gol, reclamou da falta de informações da  Aeronáutica. ?Não temos informação de nada?, afirmou.

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Durante a audiência, ela fez um apelo às autoridades: ?Senhor presidente, temos mais um recorde. Por favor, façam alguma coisa. O que pedimos é respeito?. O acidente da Gol, ocorrido no final de setembro no norte de Mato Grosso, fez 154 vítimas.

Eulália criticou o valor do seguro obrigatório oferecido, de R$ 14 mil. Segundo ela, o valor é de 1995 e não sofreu reajuste. Ela também pediu que as negociações com a empresa aérea sejam colocadas no papel. ?Precisamos de garantias escritas da Gol?, disse. Outra queixa é quanto ao trabalho do Instituto Médico Legal (IML), que ainda não entregou todos os documentos pedidos pelas famílias das vítimas.

 Ela reclamou também do grande número de advogados que a procuram oferecendo serviços. Eulália contou que tem recebido inúmeras ligações desses profissionais, inclusive de outros países, como México e Estados Unidos.

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Para Jorge Amorim, especialista em responsabilidade civil da Universidade de Brasília, esse comportamento não é admissível para profissionais do direito. ?Parecem abutres da dor alheia?, afirmou o professor, durante audiência no Senado.

A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado realizou audiência pública para discutir as causas do acidente aéreo com o Boeing 737-800 da Gol, e tenta apurar a responsabilidade pelo acidente.

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